Sabedoria

Para Marco Aurélio, os seres possuem interdependência uns dos outros e devem se ajudar mutuamente. Deste modo, “quem pratica injustiça comete impiedade”, agindo contra a natureza.

Por vezes improvisamos um mundo em nossa mente e vivemos nosso próprio mundo para não encarar o mundo real. Essas ideologias nos afastam da realidade e vivemos de forma artificial.

Limitamos os nossos sonhos a obter coisas, mas o vazio chega no dia seguinte. Ter como meta a sabedoria, a temperança, a inteligência e a verdade, dá mais sentido à nossa vida.

A nossa sociedade atual busca evitar o sofrimento e busca uma realização com caminhos mais fáceis, evitando o medo. Porém, o medo é natural para nos manter – de forma equilibrada – alerta diante dos riscos.

Somos livres e por isso não somos “neutros” diante do mundo, mas obrigados a fazer escolhas. Para Sartre, “o importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.”

Para Aristóteles, a pessoa que age conforme a virtude da temperança age de acordo com a razão. Conseguimos agir com moderação contra nossos impulsos e vontades.

Na mitologia, Narciso morre não por excesso de amor próprio, mas por admirar a imagem projetada de si mesmo. Por vezes, nossos projetos “morrem” e não andam por falta de senso de realidade.

Maduro, diz Anselm Grün, é o ser humano que se tornou coerente em si, que não está mais dividido entre as suas diferentes necessidades e possibilidades. Tornou-se um ser humano inteiro.

Ao longo da história, classificar o que importa e o que não importa, intrigou muitos sábios. Por vezes, a forma de identificar o que de fato tem valor é estabelecer objetivos e prioridades.

Ressentir é sentir novamente. Só faz mal para quem não libertou-se das mágoas passadas. Perdoar é importante para a nossa liberdade em relação a nós mesmos e aos outros.