Relacionamento

A voz do povo nem sempre nos conduz à verdade. Platão orienta que geralmente as opiniões populares nos induzem ao erro e ao preconceito. É preciso buscar o conhecimento sólido e o autoconhecimento.

Estamos imersos em uma cultura em que deve-se olhar para fora, na busca de confirmação e validação dos nossos pensamentos e objetivos. Entretanto, a sabedoria por vezes se faz na reflexão pessoal.

Para Marco Aurélio, os seres possuem interdependência uns dos outros e devem se ajudar mutuamente. Deste modo, “quem pratica injustiça comete impiedade”, agindo contra a natureza.

A intimidade e a integridade são sinais de maturidade e promovem o bom relacionamento, de acordo com Erik Erikson. Sem uma identidade confiante, sabendo quem realmente sou, caímos na dependência e na submissão.

Somos livres e por isso não somos “neutros” diante do mundo, mas obrigados a fazer escolhas. Para Sartre, “o importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.”

Para Aristóteles, a pessoa que age conforme a virtude da temperança age de acordo com a razão. Conseguimos agir com moderação contra nossos impulsos e vontades.

Ressentir é sentir novamente. Só faz mal para quem não libertou-se das mágoas passadas. Perdoar é importante para a nossa liberdade em relação a nós mesmos e aos outros.

Por vezes, ocupamos nosso tempo com polêmicas e discussões que não nos levam a nada. A cultura do cancelamento digital provoca intrigas que dividem as pessoas e não colaboram para os objetivos maiores.

Simone de Beauvoir pondera que devemos buscar a liberdade e autenticidade ao longo da vida. Porém, nossa liberdade deve considerar a liberdade do outro. “Querer ser livre é também querer livres os outros.”, disse.

Para Karl Popper, em nome da tolerância não podemos tolerar os intolerantes. Ser intolerante é colocar-se contra a lei e isso caracteriza um crime. A convivência sadia requer diálogo.