Autoconhecimento

As coisas e pessoas têm um início e um fim. Corremos contra o tempo e o futuro diminui a cada instante. Para Jean Kazez, adotar prioridades e deixar que elas guiem as decisões da vida é uma chave para lidar com o medo da transitoriedade.

Diante das questões da vida, podemos nos enganar lidando como se soubéssemos de tudo, ou ser indiferente e deixar que a vida nos leve. Sócrates apresenta uma terceira via: buscar a sabedoria com a humildade de quem sabe que não sabe tudo.

Descartes nos ensina a observar as verdades e a questioná-las. A dúvida muda a perspectiva das coisas. Podemos começar por nós mesmos e até duvidar da própria razão da dúvida.

Tales de Mileto incomodou-se com as fantasias míticas e buscou argumentos racionais para explicar a realidade. Será que dirigimos a nossa vida com a razão ou com expectativas fantasiosas?

Epicuro orienta que devemos orientar o nosso corpo para os prazeres mais simples que a vida nos proporciona. Fugir de prazeres inúteis ou extravagantes é um passo para a felicidade.

Para Sêneca, devemos equilibrar os nossos medos. É infeliz o que vive com medo de que seus medos tornem-se realidade. É possível não ceder aos medos que temos, mas superá-los.

A humildade não é mais do que um olhar para si mesmo e concluir que você é quem você é. A partir de uma leitura realista da própria vida, você pode traçar metas realistas e buscar o desenvolvimento.

Platão nos provoca ao questionar em nós o anseio de voltar à verdadeira morada da alma. Buscamos ao longo da vida o que é eternamente belo, bom e verdadeiro, separando-os das ocasiões cotidianas.

Tomás de Aquino buscou com honestidade intelectual o verdadeiro, bom e belo. Isso significa abrir mão do impulso do preconceito para ouvir com sabedoria a todos, acolhendo o que pensa diferente.

Para Erik Erikson, devemos nos ocupar “na geração e educação da próxima geração”. Quem não pensa em preparar o futuro dos outros, gira em torno de si mesmo.