A arte de elaborar questões sobre a vida para estabelecer os nossos propósitos nos abre para o amor à sabedoria. Para Maurice Merleau-Ponty, “a verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”.
Autoconhecimento
Você quer tudo o que vê?
Epicteto nos alerta que parte importante de nossa inquietação é o medo de perder as coisas que pensamos ter. Para lidar com isso, nos orienta a tomar conta das coisas como se não fossem nossas.
Qual o critério para suas escolhas?
Tomar decisões, vivendo os dilemas da vida, nos coloca em situação de angústia, pois por vezes é difícil definir o caminho a tomar, e fica mais fácil assumirmos a aprovação do outro como critério para as nossas escolhas.
Como identificar a maturidade?
O ser humano maduro, de acordo com Gordon W. Allport, integra à personalidade tudo o que está à disposição: capacidades e possibilidades, lados bons e lados ruins.
Você é um consumidor de felicidade?
Podemos saber se nossa vida é boa medindo a quantidade de momentos felizes versus os infelizes. Para Jean Kazez, essa visão nos torna meros consumidores de felicidade. Que tal medir também o quanto levamos felicidade às pessoas?
Será que você caminha para a prisão?
Para Rousseau, o ser humano é bom e livre por natureza. Porém, ao longo da vida sente a necessidade de associar-se com os outros, perdendo a liberdade para cumprir a vontade do grupo.
Por que fazer coisas que serão esquecidas?
Ao perceber que as pessoas morrem e as coisas se deterioram, Leon Tolstói entrou em crise. “Que significado há que não seja destruído com a morte? A resposta é a unidade com o infinito, com Deus, o céu.”
Qual é a nossa única certeza?
Para Zygmunt Bauman, abandonamos a solidez e desenvolvemos um mundo em que as coisas e pessoas são “líquidas”, ou seja, voláteis. A única certeza que temos atualmente é a incerteza.
A fé se desfaz com os sentimentos?
Anselm Grün nos conta que os antigos monges tinham o exercício da fé como um serviço militar para Cristo. A pessoa tinha que crescer e amadurecer interiormente, a fim de saber combater.
Você nunca está satisfeito?
Schopenhauer pondera que “raramente pensamos no que temos; mas sempre no que nos falta”. A gratidão pelo que construímos ao longo da vida nos conforta contra a insatisfação.