Razões do Coração

12 de outubro de 2020

“O coração tem razões que a própria razão desconhece”. Blaise Pascal

Já percebeu o quanto você e eu somos metralhados ao longo do dia por uma infinidade de promessas de felicidade? São diversos produtos, serviços, coaches, experiências e afins que garantem uma vida melhor. Será?

As referências de sucesso, felicidade, dentre outras, são coisas externas a nós. Podem até nos despertar algum interesse momentâneo, porém provavelmente não nos trarão satisfação plena, pois cada ser humano é único e, nessa condição, não é possível padronização. Mas nos sentimos chamados a felicidade, ao conhecimento.

O grande desafio do ser humano é descobrir o seu propósito, a sua vocação. Mas onde ela se esconde?

Blaise Pascal foi um filósofo e matemático francês, que viveu no século XVII, um período de grandes conflitos religiosos e também filosóficos, dos quais destaco o Empirismo, de Bacon e o Racionalismo, de Descartes. Cada uma com sua verdade.

Pascal entendeu que em sua profundidade, o ser humano não se limita a razão ou a sensação, como divergiam os seus contemporâneos, mas os dois são aceitáveis. Porém, mais do que isso, o ser humano verdadeiramente apreende a partir de sua intuição, que ele chamou de “coração”.

Nesse sentido, Pascal entendia que o coração tem as suas próprias razões que nem a razão humana puramente aplicada seria capaz de compreender. E é justamente neste trabalho de interiorização que mora a nossa vocação.

Viver conforme a nossa vocação, ou seja, o nosso propósito, potencializa o nosso “eu” e contribuímos para uma vida pessoal e comunitária melhor. E ainda teremos mais satisfação e felicidade no nosso dia a dia.

Perceba-se. O que você faz de bom? O que as outras pessoas dizem que você faz de bom? Quais são seus dons? O que você faz que ninguém do seu entorno faz?

Geralmente aquilo que as pessoas nos elogiam, fazemos de forma intuitiva, sem grandes esforços. Pense nisso.

Referências

📷 The swing | Bernardus Johannes Blommers (Dutch, 1845-1915) | Imagem reprodução