O bilhete de regresso
A vida se faz por meio de nossas escolhas a cada dia. Apesar da milenar constatação aristotélica de que o ser humano é um ser social, tendemos ao egoísmo, que nos fecha e caímos num ostracismo – ou umbiguismo, que nos torna indiferentes, e muito ocupados com as pequenas coisas da vida. E, ao se ocupar das pequenas coisas, o ser humano se esquece das maiores. E erra, relativiza, diminui os outros, se endurece.
Não podemos voltar atrás, mas podemos retornar aos nossos valores e seguir adiante. Resistir às nossas “tentações” (e cada um tem e sabe a sua) nos orienta às bases e estruturas que ao longo desta vida de escolhas fomos formando.
Apesar de não ter um foco na religião, cabe aqui o termo “religar”, ou seja, “ligar novamente”, ou melhor, ligar-nos novamente aos nossos objetivos de vida. Que tal aproveitar o seu agora para emitir para si mesmo um bilhete de regresso?
Bom regresso para todos nós.
Referências
📷 Tynemouth Priory, England (1881) | Winslow Homer (American, 1836-1910) | Imagem reprodução