Da paciência
Trânsito, filas, desrespeito, som alto, buzinas, pressa. Pronto. Está pintado o cenário que nos testa a paciência e nos deixa no limite. Tornamo-nos agressivos, apressados, isolados na multidão. Mas tudo tem um motivo e isso nos dá o direito de perdermos a paciência e a paz com tudo e com todos.
Será?
Ora, todas essas situações fazem parte do dia a dia de muitas pessoas, entretanto, no meu ponto de vista a primeira pessoa com quem precisamos ter paciência somos nós mesmos. Eu preciso ter paciência comigo mesmo, mas isso demanda de mim o autoconhecimento. E muitas vezes, desenterrar algumas verdades e sentimentos dentro de nós, em especial os que estão muito bem escondidos no cofre de nossos corações, quase inacessíveis, dói.
E essa insegurança nos gera tensão. E a tensão parece nos roer por dentro. E essa lava borbulhante que nos arde por dentro inicia sua erupção diante do trânsito, filas, desrespeito, som alto, buzinas, pressa, etc.
Não é difícil convivermos com esses solitários vulcões em nosso dia a dia.
É responsabilidade de cada um se conhecer, reconhecer que o seu passado não pode ser vivido novamente e entender os próprios passos e decisões tomadas, na maturidade de não procurar culpados. No entanto, isso é opção. Viver em paz é opção. Viver perturbado também.
Referências
📷 Orpheline À La Fontaine (1883) | William Bouguereau (French, 1825-1905) | Imagem reprodução