As marcas que deixamos

14 de setembro de 2020

Madre Teresa de Calcutá, a santa missionária católica e mãe dos pobres, dentre outros títulos, nos convida a uma reflexão. Já parou para pensar nas marcas que você e eu deixamos nas pessoas?

“Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz”, Madre Teresa de Calcutá.

A simples Teresa viveu entre 1910 e 1997, de forma bastante humilde. Seu trabalho foi notório junto aos carentes do terceiro mundo. Um trabalho de dor, amor e dedicação. Recebeu o prêmio Nobel da Paz, muitos títulos Honoris Causa. Foi beata e santa.

Mas me parece que a maior honraria que parecia buscar era a obediência a Deus e os frutos da caridade expressos em um sorriso ou na gratidão de uma pessoa em vulnerabilidade, seja qual for, apresentava. Certamente fazia com que as pessoas que estavam junto dela se sentissem melhores, úteis, importantes. E a história mostra como era bom estar ao lado dela.

Não é privilégio dos santos. Basta uma breve busca na memória para você e eu lembrarmos de pessoas que nos deixaram marcas positivas na nossa vida. Seja por uma simples empatia, ou mesmo uma admiração. Infelizmente, algumas outras pessoas nos deixaram cicatrizes… talvez algumas abertas até hoje.

Um exercício que pode nos levar a vida toda é buscarmos ser uma pessoa melhor a cada dia e, com isso, tornar a vida das pessoas que vivem conosco mais feliz. Talvez essa seja a nossa verdadeira vocação. Não julgar, não apontar e, em alguns casos, melhor calar. Ouvir. Errou? Recomece. É um trabalho que pode nos levar a vida toda, lembra?

Teresa dizia que o importante não é a magnitude ou a quantidade de nossas ações, mas sim a quantidade de amor que é colocada nelas. Deus se manifesta no silêncio e todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração. As palavras que não dão luz aumentam a escuridão, dizia.

Talvez essa seja uma importante chave para abrir melhores relacionamentos em casa, no trabalho, com os amigos ou desconhecidos. Pode parecer pouco, mas, como nos disse a santa de Calcutá, “o que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor”.

Referências

📷 Bedtime Prayer | Eugène-Ernest Hillemacher (French, 1818-1887) | Imagem reprodução